segunda-feira, 21 de maio de 2012

3 idiotas (3 Idiots) 2009

 Antigamente a cidade de Mumbai na Índia se chamava Bombaim, justamente ali começava a prosperar a indústria de cinema daquele país. Com o tempo fizeram uma associação com a cidade cinematográfica americana Hollywood, nascendo assim Bollywood, a indústria Indiana de filme que mais produz filmes no mundo. E vez ou outra nos surpreende com algo verdadeiramente bom, como é o caso de 3 idiotas, filme que foi um dos maiores sucesso das bilheterias da Índia. 

Temos aqui uma ótima comédia, com pouco de drama, suspense e romance que nos apresenta 3 alunos sonhadores que ingressam em uma faculdade de Engenharia, muito renomada e bem difícil de entrar e com o tempo se tornam amigos. Cada um deles com uma história de vida bem diferente do outro, que vão sendo apresentadas através de flashbacks. Um dos alunos, Rancho começa a criticar a  forma de ensinar, mostrando que aprender é diferente de decorar. Outra dura crítica mostra a falta de liberdade dos alunos em escolher uma carreira própria, onde homens devem ser engenheiros e mulheres médicas para serem bem sucedidos e o alto número de suicídios entre os alunos. 

Claro que como todo filme indiano tem algumas característica como, em determinado momento, todos começam a dançar felizes e a longa duração que chega a quase 3 horas, mas que em nenhum momento se torna chato ou cansativo.

O filme faturou  16 dos 27 prêmios do Internacional Indian Film Awards 2010, fazendo também grande sucesso no festival de Cannes daquele ano, no entanto nada disso foi suficiente para que o filme chegasse as terras tupiniquins. 
Mas se quiserem conferir e conhecer mais do cinema de Bollywood em melhor estilo, é só procurar na internet.  Eu encontrei o filme facilmente.

domingo, 13 de maio de 2012

Casamento Silencioso (Nunta Muta) 2008

 
Percebi que os filmes romenos que venho assistindo tem algo em comum, que é fazer críticas sobre o seu país. Há uns anos atrás falei aqui no blog sobre o também romeno 4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias. A crítica agora em Casamento Silencioso é em torno do reflexo do comunismo, que esteve na Roménia do fim dos anos 40 até a queda do muro de Berlim. Filme de estreia do diretor Horatiu Malaele, que já atuou como ator em diversos filmes.
Uma equipe de reportagem chega a um vilarejo isolado para fazer uma reportagem sobre fenômenos estranhos, nessa vila vive somente mulheres e um único homem, o prefeito, que então começa a contar os acontecimentos. Assim entramos em um flashback que conta a verdadeira história do filme. Voltamos ao ano de 1953, onde  a Roménia estava em seu auge do comunismo russo, situação que não era bem vista pelos alegres e barulhentos camponeses (e as vezes bebados). Chega então a noticia da morte de Stalin (em 5 de março desse ano, após um derrame), assim o governo decreta luto oficial. Vamos assistindo em seguida a preparação de um casamento silencioso. Assim como as comédias Italianas de Monicelli e Felini, temos aqui uma comédia dramática, que ao mesmo tempo que diverte, denuncia e faz uma crítica rica e criativa aos abusos do regime bolchevista soviético. Destaque também para a fotografia do filme com belas cenas, e ótimos diálogos, ou melhor, a falta deles.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Um conto Chinês (Un Cuento Chino) 2011

Aqui estou eu, mais uma vez voltando a escrever no blog. E prometo mais uma vez ser fiel, escrevendo toda semana, afinal tenho visto muitos filmes bons e dá essa vontade compartilhar com alguém ai fora.


É incrível como até fazendo um papel de um rabugento, metódico e chato, Ricardo Darin consegue ser tão carismático.
O mala em questão é Roberto, um veterano de guerra que vive solitário, tem uma loja de ferragens, do tipo que conta os pregos da caixa e que coleciona manias, e que por um acaso do destino é obrigado a conviver com um chinês, Jun, que não fala uma palavra de espanhol e vem quebrar a rotina do protagonista.


 Bom, até aqui nada de mais, só que a genialidade do filme é extrair uma trama complexa, divertida e fazer com que criemos uma grande conexão com os personagens, a partir de uma idéia tão simples, coisa que o cinema argentino consegue fazer muito bem. Duvidas como: será que os fatos e situações ocorridos em nossas vidas têm algum objetivo ou eles apenas acontecem? Será que as coincidências existem ou não? Ou como define o personagem, "A vida é algo sem sentido, um absurdo".
O filme é dirigido por Sebastián Borensztein, que até então não conhecia, e que conseguiu bater recordes de exibição no seu país de origem, ganhando o título de filme Argentino do ano.
Pra quem quiser assistir e conhecer mais comédias dramáticas com o Darin, recomendo muito o Nove Rainhas, que pra mim é o melhor e também O Filho da Noiva. =)